domingo, 5 de dezembro de 2010

05 de dezembro de 2010

Pensei em ir até os escritos dos semestre anteriores para fazer mais esta postagem, mas resolvi escrever por conta própria, visto ser uma das minhas últimas postagens.



Durante os meus últimos quatro anos vivi uma experiência única, e não foi por simplesmente estar fazendo uma faculdade, mais do que isso. Estava construindo novos pensamentos, colaborando com o que diz Freire (1986, p. 15) em [...] sermos críticos. A crítica cria a disciplina intelectual necessária, fazendo perguntas ao que se le, ao que está escrito, ao livro, ao texto. Não nos bastava o que os professores e escritores falavam, para cada nova ideia, novas críticas.
Em um semestre, um professor nos disse que deveríamos participar de um dos seus fóruns, mas que, antes de mais nada, e após a leitura, deveríamos fazer uma reflexão sobre o que ele havia falado, se concordávamos ou não e por que nossa opinião seria aquela. Isso me fez pensar profundamente, porque sempre ouvi o que meus professores diziam, lia tudo o que mandavam, mas não questionava nada do que lia. E, depois dessa provocação do professor, passei a ser mais crítica com tudo aquilo que lia e via. Foi um marco em minha vida, não somente profissional, mas em minha vida pessoal também.

Recordando Adélia Prado, citada por Rubem Alves (2009, p. 31) quando diz: "Não quero faca nem queijo; quero é fome." Se estou com fome e gosto de queijo, eu como queijo... Mas e se eu não gostar de queijo? Procuro outra coisa de que goste: presunto, banana, etc. Mas o que mais importa é que eu tenho esta convicção, das coisas que eu realmente gosto, e vou correr atrá destas, e não daquelas que convencionalmente querem que gostemos. É assim agora a minha vida. Penso mais sobre as coisas que acontecem à minha volta, penso mais se concordo ou não com elas, o por quê, entre outras coisas que passei a olhar de forma diferente.

Como diz Cora Coralina: " Feliz aquele que ensina o que sabe e aprende o que ensina."

Nenhum comentário: