segunda-feira, 19 de novembro de 2007

BRINCANDO SE APRENDE!



No princípio o trabalho que se realizava tinha um caráter de ludicidade, pois ele se misturava com o brincar. Todos trabalhavam, mas também todos jogavam, independentemente de idade, sexo, hierarquia.

Na idade moderna o tempo e o espaço eram divididos em tempo e espaço específicos. Então alguns passaram a ter mais e melhores espaços e mais tempo, daí a discriminação aconteceu e permaneceu.

Com o surgimento das sociedades modernas, os jogos comunitários se restringiram a alguns poucos, e basicamente os mais populares. Como no trabalhos, se dividiu o espaço e o tempo do lúdico. Os adultos jogam, mas outros jogos (ou os mesmos modificados), as crianças jogam em separado.

Hoje, dentre tantas separações de espaço tanto físico, quanto o da comida, da visita e da bagunça, também surgiu o tempo dos programas de adulto e o tempo de programas infantis (estes devem ser os mais imbecis possíveis).

O que aconteceu a partir desse contexto?

*segregaram as crianças (separaram-nas dos adultos);

*institucionalizaram-nas (introduzindo-as em escolas e outras instituições infantis).


FREINET diz: "O ideal seria que o trabalho fosse tão realizador e gratificante, que passasse a a ser trabalho-jogo ou jogo-trabalho."


O homem tem liberdade. Ele pode se envolver em todas atividades que lhe dão prazer e que o gratificam, porque são gratuitas. Vão desde atividades intelectuais, artísticas, culturais, lúdicas e até mesmo a ociosidade, a "preguiça".


O lúdico tem uma dimensão especificamente humana, e o direito de lazer está incluído, pelas nações, entre os direitos humanos.

Entre a idade antiga e a idade média, essa era a principal fonte de relações das pessoas (independente de idade). Havia manifestações coletivas, a rua era o ponto de encontro de todos, o brincar fazia parte da comunidade, o espaço era ilimitado.

NA idade moderna, a criança já não pode brincar fora de casa, pois a rua se transformou em um lugar perigoso, devido ao trânsito e a pessoas estranhas. Vieram automóveis, fábricas, etc. A brincadeira perdeu o seu caráter comunitário intenso.O adulto já não é dono do seu tempo.


Relacionando todas as leituras que fiz, bem como da estrevista com Tânia Fortuna, com as situações em que nos encontramos nos dias atuais, percebo que houve mudanças sim. Não vamos muito longe, não precisamos comparar com a idade média. Eu vejo da seguinte forma: quando eu era criança, brincava bastante na rua, com brincadeiras bem antigas, como roda, esconde-esconde, amarelinha, bulita, passa anel, mamãe posso ir, etc., ficaria até amanhã escrevendo o nme das brincadeiras (que às vezes até inventávamos, por isso não tinham nomes específicos). Mas lembro que não havia medo de ficar na rua, no fim da tarde todos sentavam nas calçadas, tomavam chimarrão, falavam da vida, enquanto nós quase morríamos de tanto correr e pular e saltar.

Outra coisa que não existia, era essa história de tecnologias, computadores, Ipodes, MP3, games, enfim, o monte de parafernálias que os homens inventaram para distrair as crianças (como se isso fosse necessário). Mas lamentavelmente essa praga foi se alastrando e tomando conta do espaço infantil e adulto também. Digo praga porque houve um relaxamento mental, onde a criança passou a recer tudo pronto, sem precisar exercitar seu cérebro, sua imaginação. Isso foi deixando a criança preguiçosa, até para pensar.

Os programas infantis que direcionaram para esse público, também eram tão atrofiados quanto seus apreciadores.


Continuando com minha observações relacionadas com os textos e com a entrevista, observei que realmente a criança leva a sério o brincar, eu passei a olhar de uma forma diferente o brincar infantil, vi que a criança fica tão concentrada brincando, que se abosrve ali, aquele momento é total e exclusivamente dela, e ninguém pode ou deve interromper.

Também percebi o quanto gosto de brincar. Sempre pensei que o adulto já teve seu período infantil, que depois de uma certa idade não havia porque perder tempo brincando. Mesmo assim, me deliciava com brincadeiras e atividades lúdicas, mesmo "sabendo" que não eram para mim. Lembrei imediatamente de quando minha mãe nos mandava limpar a casa, então nós aproveitávamos para bricar enquanto fazíamos as tarefas da casa. Era muito divertido.

Ao observar meus alunos brincarem na escola, percebo que todas as vezes que participo das brincadieras, ou quando trago alguma novidade, eles ficam muito felizes e eufóricos. Quando não posso brincar, ficam tristes, frustrados, mas seguem brincando. Vejo, por meio dessas ações deles, que há uma necessidade muito grande de que nós os "grandes", participemos de atividades com eles, digo isso por experiência própria. Algumas professoras não levam seus alunos para fora da sala, ou determinam o dia do brinquedo, para se isentarem da "árdua tarefa" de brincar com eles, mas justamente por não saberem como e nem de quê brincarem, o medo de ser feliz as impede de ir além, de ousar, de se deixar levar pela imaginação, ou até mesmo pela imaginação das crianças, que é ilimitada. Bom, eu sou uma criança grande e não tenho verginha disso. Ah! E sou muito feliz assim!!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Era o ano de 1957...





Esse filme trata de um assunto que, inicialmente parece ser banal, mas enganou-se quem pensou assim. Ele relata a história de um rapaz que está sendo acusado de matar seu pai. Ora, as evidências que a acusação mostra são claras e indicam, sem sombra de dúvida, que o rapaz é realmente o assassino. Então o jurado se reune (são doze)para decidir se ele é o culpado ou se ele é inocente. O jiz deixa claro que a votação deverá ser unânime, portanto ou os doze votam pela condenação ou pela absolvição. Parece que tudo irá se definir em questão de minutos, pois aparentemente não há mais nada a dizer relacionado com provas e testemunhas. Passam a fazer a "formalidade" de votação.
Quando chegam quase ao fim dela, uma surpresa: um dos jurados declara o réu inocente. E agora? O que fazer?

Deste período em diante, esse jurado passa sutilmente a ser o advogado de defesa do garoto. Por que será que ele estaria fazendo aquilo? Será que era amigo do réu? Será que alguém o teria subornado para que perturbasse a decisão de todo o resto do júri? Antes fosse isso. Na verdade o jurado número nove queria mesmo era discutir um assunto que levava a sério, ou seja, a vida de uma pessoa estava em jogo, era muito mais que dizer "acusado" ou "absolvido".


Analisando mais a fundo esse filme que fala muito em evidências, e para que elas sejam claras e convinecentes, se faz necessário argumento lógico e preciso que remonte todo o assunto e faça com que as pessoas passem a pensar.
Tudo se torna emocionante, porque os argumentos que o jurado utiliza faz com que todos observem suas próprias evidências, as de suas vidas. Cada um faz uma análise, mesmo que sem querer de suas atitudes, de seus pensamentos e também do rapaz como pessoa, não somente como um número nos registros policiais. Isso foi muito importante não só para o jovem acusado, mas serviu como lição para cada um dos componentes naquela sala.
Quando fiz a análise desse filme, percebi que tudo o que fazemos tem conseqüências, não que eu não soubesse disso antes, mas não me dava conta da amplitude de uma atitude, de uma decisão. Muitas vezes pensamos que estamos com a razão, ou que estamos certos do que iremos fazer. Pode até ser isso mesmo, mas nem sempre será. E provavelmente neste momento haverá uma dúvida que se instalará em nossa cabeça e baterá como um martelo, dizendo que pode não ser bem assim como decidimos. Na sala de aula não é nada diferente, pois todos os dias estamos analisando nossos alunos, precisamos colocar números na sua inteligência, no seu potencial. E se ele rodar? Será que el realmente deveria repetir de ano? As evidências mostram que sim, mas poderemos argumentar que el participa em aula, também que, quando faz uma prova, pode estar sendo pressionado, seu emocional poderá estar abalado, então ele poderá ter um "branco" e simplesmente não lembrar de nada do que aprendeu. Então, depis destes argumentos, será que o professor ainda pensará em reprová-lo? Algo a se pensar. E esse filme fez isso comigo, fez com que eu pensasse. Em mim, nos meus alunos, no meu trato com as pessoas, enfim, passei a olhar as coisas com outros olhos, tentando ver além daquilo que aparentemente pode ser. Bom, foi isso que aprendi.




domingo, 11 de novembro de 2007

MÚSICA DO CORAÇÃO, SERÁ?

Eu li esta semana um texto a respeito da música como um todo. Achei muito engraçada a situação porque, primeiro eu amo muito música, ela faz parte da minha vida. Tudo que faço parece que tem um som gostoso no fundo. Embora saiba que música venha do coração, descobri que ela também serve como meio de ganho ilícito para uma gama de pessoas envolvidas nesse meio artístico. Fique um pouco decepcionada, mas parece que já sabia.







Vamos falar agora um pouco sobre esse assunto. Vimos que existe a mídia, ela nos orienta nos caminhos da música e os ritmos do momento. Mas o que não vimos, é que ela nos induz de uma certa forma a gostar de uma determinada canção, mesmo que não faça parte de nosso cotidiano, ou melhor, dos nossos gostos. Mas pelo simples ato de repetição, passamos a absorvê-la e quem sabe, a apreciá-la.




Existe a mídia acidental. O que é isto?


É a música que vai entrando em nossa cabeça sem percebermos. Ela está em todo o lugar: nas ruas, nos mercados, na TV, no radinho que ligamos de manhã e nem pecebemos que ele ficou o dia todo ligado, nas propagandas, nas novelas, enfim, em todo lugar. O pior é que acabamos mentalizando as suas melodias e quando percebemos, já estamos cantarolando o seu refrão. Muita gente passa a fazer sucesso por causa disso, a repetição. Conforme Kátia Suman (ex-Ipanema),uma mesma música chega a tocar mais de 200 vezes no mesmo dia para que, por meio da repetição, as pessoas se acostumem com ela e depois, passem a "aceitá-la" como sendo boa, um grande sucesso. Assim fica fácil, não é?




Nelson Coelho de Castro diz:"O produto cultural acaba sendo apenas um detalhe". Eu concordo com ele. Se antes a música era um elemento cultural, hoje ela está sendo totalmente escrachada pelas pessoas que a produzem e pelas pessoas que a escutam. Não há mais a necessidade da qualidade, mas da quantidade (de canções e também de dinheiro). Outra pessoa, ou melhor, outro Nélson, agora o Motta, também diz algo relevante:"Há um envolvimento correspondente e estético entre os movimentos musicais e os movimentos plíticos-sociais do Brasil". Realmente, se formos avaliar o desenvolvimento musical que acompanhou os acontecimentos políticos no Brasil, perceberemos que além de o povo ter o governo que merece, também podemos dizer que ele tem a música que merece.

Só mais uma ressalva. Se formos fazer a tradução da grande maioria das músicas americanas que estão nas paradas de sucesso, perceberemos que também lá existe muito lixo muiscal, pois as letras não significam absolutamente nada, embora as melodias sejam as mais superproduzidas de todo o mundo, com tecnologia de última geração.
Acho que esse trabalho serviu para que façamos uam análise disso tudo. Somos donos de nossos ouvidos e de nossas vontades, portanto nós é que devemos nos apropriar ou não das músicas que aparecem por aí. Cada um é um, então, como diz minha mãe:"Gostos, cores, amores, perfumes e flores, não se discute".














sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A arte e o dia-a-dia


Ao ler os textos da atividade 6 de Artes, compreendi


que cada fazer artístico está diretamente relacionado


com o seu contexto social, político, religioso. científico


e filosófico.





A obra de arte se mostra como sendo ma maneira de

dar visibilidade ao pensamento de cada época.




"A arte está presente em nosso cotidiano, ela não é algo distante, separado de nossa realidade."

Quando nos preparamos para apresentar a arte aos nossos alunos, preciamos

observar alguns aspectos, com por exemplo, conhecer a realidade de cada um

deles, também termos conhecimento básico dosconteúdos a serem explorados,

bem como de todo o conteúdo que as exposições e mostras que possamos vir a levá-los, para que possamos saber o que nos espera e o que desejamos que nos-

so aluno observe e compreenda.

Após todas essas observações básicas, descontraia e provoque questionamentos, debata, converse, troque idéias, dessa forma possibilitará os comentários e observações dos alunos. Fazendo isso, perceberemos que a criança tem um olhar totalmente crítico e que ela compreende e distigue muito bem uma obra de arte de outra, ou do que se trata.

A própria motivação do professor, o seu interesse e dedicação, as suas constantes pesquisas e conhecimento dos aspectos abordados, constituirá as principais motivações e interesses dos alunos frente ao objeto de estudo.

TRABALHAR ARTE COM A CRIANÇA É SHOW!!!







Quem conta contos...


Essa semana trabalhamos com os contos de fadas, histórias antigas que foram transformando a vida de milhares de pessoas ao longo dos tempos.
A grande descoberta que fiz foi a de associar as personagens, vestimentas, intenções à fase de vida que elas passavam.
Percebi que essas histórias foram criadas para ajudar o jovem adolescente a se incluir na sociedade, fazer com que ele se identificasse com a realidade exposta.
Nos tempos modernos, a nossa realidade é bem diferente, de fato, mas não nos impede de viajarmos em um tapete mágico, de nos imaginarmos acordando com um príncipe encantado nos beijando ternamente, ou procurando a abóbora perfeita para que ela se transforme em uma enorme carruagem.
O que eu sempre sonhei foi em vestir a roupa que a Cinderela entrou na festa do palácio, também muitas vezes me imaginei entranto agaixada na casa dos sete anões, outra coisa maravilhosa seria experimentar o pó mágico do Peter Pan e viajar voando para a terra do nunca ( quem já não teve vontade de ser sempre criança...).
Esse trabalho fez com que eu voltasse à minha infância, mesmo agora sabendo que esses contos não são assim tão maravilhosos como parecem, mas a grande lição que ficou aqui, foi de que essas histórias me ajudaram muito, cresci com elas dentro de mim, elas me fizeram sonhar com coisas boas, mesmo que eu não as vivesse, mas eu as tinha no meu coração, e isso me fazia feliz.
Espero que todos, ou quase todos tenham sentido essa mesma sensação ao reler contos antigos, ao analisá-los para esse trabalho, e espero que todos tenham lido pelo menos uma vez a seus filhos ou a seus alunos na vida. Se ainda não o fizeram, não percam tempo, ainda existem nas livrarias, vale a pena.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

semana boa

Semana boa. Fiz uma atividade de artes que me deixou muito feliz. Pediram que fizesse uma releitura da pintura de Velázquez, intitulada "As meninas". Foi um desafio muito grande, mas emocionante também. Outra atividade que me deixou um pouco pensativa, foi a de ler um texto, e o que eu escolhi foi o do Miguel Arroyo, que falava sobre as repetências, as mesmices que o mestre faz durante sua vida letiva, também dos medos que temos, o medo de mudar, de inovar, de mexer com as estruturas. E realmente mexeu, pelo menos comigo. Bem, resumindo, foi uma semana legal.