terça-feira, 13 de julho de 2010

Nona semana

NONA SEMANA
De 07 de junho a 11 de junho de 2010

Nesta semana de aula, a nossa escola estava empenhada em realizar trabalhos e preparar o dia do meio ambiente na escola, ou dia da conscientização ambiental. Para tanto, cada turma deveria realizar atividades relacionadas.
Na minha turma, todos ficaram empolgados com as atividades, mas eles não contavam com minha atividade de última hora, porque ainda não havia comunicado a eles. Estava na hora de eles fazerem pesquisas na internet, mas sozinhos, sem auxílio de pais, tios, irmãos ou vizinhos. Por isso os levei a te o laboratório de informática e fiz uma demonstração de como deveriam proceder, desde a pesquisa, até a abertura de um documento no Word, copiar, colar e depois salvar em uma pasta no computador.
Quando terminaram, imprimi todo o que encontraram e que eu também encontrei, mas nas pastas que salvaram. Na sala de aula fizeram cartazes, desenhos e até os três Rs bem explicadinhos.
No sábado, fizemos a exposição de tudo o que pesquisamos, de tudo o que trabalhamos e com o uso das tecnologias, e ficou um trabalho muito legal.
E para agradecer toda a colaboração do grupo, fizemos um teatro sobre o meio ambiente e eu fiz a cena de uma onça, em homenagem à minha turminha, que estava lá e aplaudiu de pé. Fiquei emocionada. Foi muito lindo, inesquecível.
O professor desde a muito tempo sempre carregou o estigma de uma criatura sem sentimentos, não que o fosse, nem que falassem sobre isso, mas a maneira a qual se portava diante de sua classe e de seus colegas, alienados de tudo e de todos, simplesmente determinados a fazer exatamente o de sempre, sem ao menos tentarem um novo olhar. “O professor tem que tornar a pintar ou tornar a representar o material que conhece da cultura estudantil ou do objeto a ser estudado...é um processo engenhoso, sob a forma de uma investigação crítica perturbadora.” (FREIRE, 1986)

oitava semana

OITAVA SEMANA
De 31 de maio a 04 de junho de 2010

Nesta semana precisava trabalhar com eles a escrita de textos, pois percebia que a dificuldade era muito grande, mas observei que a cada dia se tornava mais difícil de estimulálos à escrita de textos ou pequenos diálogos, tudo parecia muito difícil, mas nada é impossível.
Decidi então, realizar alguma atividade que os deixaria muito felizes, ou pelo menos fugiria da rotina de sala de aula. Então participamos de uma caminhada ao redor do Lago Tarumã, aqui em Viamão, um lugar muito bonito, perto da escola, muito conhecido, mas pouco cuidado e, devido ao descaso das autoridades locais, que resolvemos fazer essa caminhada ecológica.
Cada aluno levou sua sacolinha para depositar qualquer lixo que encontrasse ao redor do lago. No início foi meio complicado, porque eles ficavam com vergonha ou com nojo do lixo, mas depois começaram a se indignar por causa da grande quantidade de sujeira que estavam vendo e passaram a recolher tudo o que achavam pelo caminho.
O final da caminhada foi marcado por uma grande montanha de lixo, que fizemos questão de mostrar a todos na escola. Depois dessa caminhada, pedi a eles que fizessem um relato de tudo o que aconteceu naquele dia, e o que mais chamou a sua atenção naquele dia. Esse relato deveria ser entregue no outro dia.
Foi uma ideia muito boa, porque as escritas embora ainda tivessem bastantes erros ortográficos, eram mais criativas, mais honestas, menos artificiais, parecia que não havia nenhuma dificuldade em escrever, parecia que tudo acontecia com muita tranquilidade. Foi muito gratificante tanto para eles como para mim.
Por isso que a cada dia creio mais ainda que a criança precisa de motivação, porque então ela sentirá não somente vontade de realizar algo, mas tomará uma ação, porque a criança se motiva a medida em que está atuando, e não antes disso. (FREIRE, 1986)

sétima semana

SÉTIMA SEMANA
De 24 a 28 de maio de 2010

Estava um pouco apreensiva para o desenvolvimento das atividades dessa semana, pois iríamos entrar com toda força em nosso projeto do PBWorks da turma. Embora já tivesse olhado e visitado nossa página, nenhum dos alunos ainda havia feito alguma postagem. E era por isso que estava receosa, de como eles compreenderiam o funcionamento dessa ferramenta ou desse software.
Decidi por apresentar as maneiras de utilizá-lo na sala de vídeo, onde teria maiores possibilidades de demonstrar como colocar postagens, fotos, entre outras coisas. Apresentei tudo no Data Show, com internet no telão.
Antes de qualquer coisa, apresentei a eles o Word, pois precisariam aprender a editar textos, a salvá-los, a copiar e colar, coisas que não sabiam fazer e que julguei necessário ensinar. Isso foi de grande ajuda, pois após essa demonstração, quase que um tutorial, eles passaram a digitar sozinhos, facilitando o próximo passo, que seria a escrita individual no laboratório de informática.
Quando trabalhamos no laboratório, ficou mais fácil de eles se encontrarem com o material que utilizariam, bem como das atividades que deveriam executar. A atividade era criar um texto falando a respeito de si, e um pouco da experiência que haviam experimentado ao utilizar o computador de uma forma diferente da que estavam acostumados.
Ao terminarem a atividade, abri para cada grupo o PBWorks e a próxima tarefa seria a de inserir o texto em uma nova página. Eles executaram muito bem, mesmo que com um pouco de auxílio meu, mas conseguiram realizar a atividade a contento.
Confesso que esta foi a semana mais desafiadora que tive, pois mesmo tendo conhecimento das ferramentas que utilizaria, não seria nada fácil transmitir a outros esses conhecimentos, ainda mais a crianças que nunca tinham ouvido falar em PBWorks (que agora faz parte da linguagem deles) e Word, copiar, contro c, control v, etc.
A minha conclusão dessa semana lembra muito o que Paulo Freire (1978) cita a respeito do trabalhador social que precisa ampliar cada vez mais seus conhecimentos, não somente do seu ponto de vista de seus métodos e técnicas de ação, mas também dos limites objetivos com os quais se encontra nos seus quefazeres. Se não tivermos um suporte teórico, ou alguém que colabore com nossas ideias, ou até mesmo divirja, mesmo assim que haja uma interação, porque muitas vezes ainda nos depararemos com dúvidas, medos e incertezas, mas melhor do que mantê-los é modificá-los.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SEXTA SEMANA

SEXTA SEMANA: (17 a 21/05/2010)

Essa foi a semana de retomada de fôlego, para colocarmos a casa em dia. Em primeiro lugar, terminamos a maquete que havia ficado inacabada. Depois, como estávamos iniciando as nossas avaliações, tive que fazer alguns reforços de conteúdos, e depois disso, a turma estava com dificuldades em resolver os problemas encontrados na sala de aula. Fizemos uma retomada de tudo o que já havíamos feito, e depois pensamos no que deveria ser feito na próxima semana.
Foi acordado que deveríamos fazer uma lista de coisas que estavam acontecendo de errado em nossa sala de aula, antes de podermos analisar a escola como um todo. Precisávamos criar estratégias e tentar reverter o quadro de turma desunida, sem limites, ou sem diálogo. Então sugeri a todos, após uma palestra que participei, com José Pacheco, da Escola da Ponte, o painel do “Acho mal”, mas modificado para a nossa turma, transformado em “Foi Legal” e “Não foi legal”, que deixei bem exposto na sala de aula.
O que transformou realmente essa semana foi que o plano não era exatamente como acabou por se tornar, pois precisaríamos trabalhar toda a escola, e não somente a nossa turma. Mas com bons argumentos de todos, como por exemplo: “Não adianta nada olharmos o que está errado lá fora, se aqui dentro está uma verdadeira bagunça”, ou “Precisamos primeiro consertar o que está errado aqui na sala e depois vamos olhar o que está errado no resto da escola”, e assim por diante, que resolvi inovar com este mural.
Acho que foi a melhor coisa a fazer naquele momento, porque este trabalho envolveu a todos. Cada coisa que acontecia de errado com alguém, ia pro “Não foi legal”, ou quando as coisas eram boas, iam para o “Foi legal”. No fim da semana ficamos de fazer uma reunião com ata e tudo, para verificarmos quais eram as maiores dificuldades encontradas pelo grupo e quais as ações que deveríamos tomar para tentar resolver os problemas citados.
Esse tipo de atitude reflete o que diz Piaget (1975): “A ação constitui um conhecimento autônomo”. Portanto, observo que Piaget queria dizer que o conhecimento é um tomado de consciência, que se dá a partir dos resultados da ação, através das análises dos meios empregados e dos mecanismos inconscientes da ação. Por isso que acreditei estar indo pelo caminho certo, ao promover essa nova atividade em sala de aula, e espero sinceramente que dê certo.