terça-feira, 18 de maio de 2010

Quinta semana

Nesta semana fizemos a segunda etapa de reconhecimento da escola, pois na semana anterior reconhecemos os espaços físicos, e nesta semana serão trabalhados os espaços internos, ou seja, os setores da escola.

Cada grupo ficou incumbido de escolher um setor da escola, como por exemplo: SOE, Supervisão, Biblioteca, Secretaria, Monitoria e Direção da escola. Cada grupo elaborou em sala de aula, algumas questões norteadoras para sua saída de campo. Eles precisavam conehcer o ambiente, quem trabalhava lá, o que fazia, se os alunos tinham ou não acesso a esse determinado setor, o que o mesmo ocntribuía para o bom funcionamento da escola e auxílio ao educando.

No outro dia, marcado e já avisado aos setores, os alunos foram, cada grupo ao seu destino, e fizeram a entrevista com uma condição: além de coletar dados a respeito do setor, os alunos deveriam analisar o ambiente, as acomodações, e registrar, seja com fotos ou com gravação de voz, ou até mesmo com desenho do ambiente pesquisado. Depois dessa pesquisa de campo, cada grupo deveria retornar à sala de aula e preparar esse material para poder apresentar aos colegas, a fim de que os mesmos tivesse conhecimento dos ambientes pesquisados.


Fico devendo as fotos, porque o meu blog está apresentando um problema, mas assim que o resolver farei a postagem.

Após todo o processo de visita de campo, de coleta de dados, e de montagem das apresentações, fizemos um seminário concluindo toda a atividade, com perguntas de todos e apresentações de fotos e gravações, bem como de desenhos e gráficos de cada grupo.
Todos observaram como funciona cada setor, questionando e fazendo perguntas pertinentes e necessárias para o reconhecimento de ambientes que antes não foram explorados e que estavam dentro da escola em que eles circulavam todos os dias.

Depois de toda a apresentação e das conclusões de que todos os setores são de benefício para os alunos e de que todos os setores existem para auxilair não somente aluons, mas professores e funcionários também, os alunos se rpeocuparam com questões que nenhum setor tem consguido resolver, que é a questão da violência, tanto dentro,q uanto fora da sala de aula.
Foi criada então uma comissão investigativa para a próxima semana, onde todos farão pesquisa e observaçõe para desenvolver projetos que aixiliem tanto a eles em sala de aula, quanto a todos os outros dentro dos muros da escola.


REFLETINDO...
Vivemos em várias organizações espaciais: nossa casa, nosso bairro, a cidade, a escola, entre outras. Elas fazem parte de nosso cotidiano. A ideia de organização está associada à de arrumação, engrenagem, estrutura, totalidade
Organizamos espacialmente nossa casa, nosso quarto, coisas de nosso domínio pessoal. Percebemos a organização espacial de uma sala de aula, de uma escola, de uma indústria, de uma cidade.
A ocupação ou divisão do espaço está relacionada co a própria divisão da sociedade em grupos sociais, ou características diferentes, mas interrelacionadas.

Segundo o filósofo Michel Foucault, " a organização de um espaço serial foi uma das grandes modificações técnicas de ensino elementar...Determinando os lugares individuais, tornou-se possível o controle de cada um e do trabalho simultâneo de todos."
A lógica das organizações espaciais tem suas raízes na própria estrutura da sociedade. Numa sociedade estruturada em classes, o espaço estará estruturado também segundo as classes sociais. As divisões muitas vezes são visíveis na própria "paisagem": edifícios de apartamentos sofisticados, favelas, conjuntos habitacionais, e assim por diante.
Ao observar a organização espacial da escola, a criança pode perceber que à divisão do espaço corresponde um adivisão social do trabalho. Existe um espaço determinado para a direção, os professores, os serviços de cozinha, limpeza e assim por diante. Ao mesmo tempo, fazendo uma análise destes locais os alunos começam a perceber que existe uma relação entre a construção física, sua disposição espacial e sua finalidade.

Portanto, o aluno localiza dependências da escola, identifica suas utilidades, debate sobre elas, descobre a lógica da organização do espaço escolar. É assim que ele se prepara para analisar outros espaços, que também estão organizados segundo regras bem determinadas.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


Antunes, Aracy R., Heloísa F. Menandro, Tomoko I. Paganelli. Estudos Sociais, teoria e prática - Access - 1993 pp. 61-67

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quarta semana

Na segunda-feira, por ser dia de Geografia, comecei a trabalhar com os alunos a maquete da escola. Como eles precisariam compreender bem o que deveria ser feito, resolvi colocar a maquete primeiro em forma de desenho. Por isso utilizei de forma simples o quadro e giz, fazendo o desenho vista aérea da escola com a ajuda de todos.
Essa parte foi essencial para que houvesse uma organização e um bom planejamento de ação. Cada um sabia exatamente o que iria fazer, e isso eles deixaram bem claro por determinarem as tarefas e começarem com bastante autonomia o processo de confecção dos espaços físicos da escola. Essa tarefa envolveu todos os alunos por uma manhã inteira. E essa maquete não foi feita em grupos, ou seja, cada grupo faria uma. Não, na verdade o grande grupo faria somente uma maquete, mas todos deveriam contribuir com suas ideias e também mão de obra.




















A estrutura de quase toda a maquete estava pronta, faltava somente a quadra esportiva e a pracinha, que demoraram mais para ficarem prontas. As árvores também ficaram por último.

A grande e única dificuldade que observei durante o processo, foi de que eles tinham uma dificuldade de executar a maquete, porque confundiam o tamanho de prédios e de itens que compunham o cenário, daí a demora de conclusão da maquete. Mas com a ajuda de raciocínio lógico e observações da planta alta no quadro, aos poucos foram percebendo que não poderiam fazer certas coisas maiores do que outras. O resultado foi muito bom.

No outro dia, fizemos então, o seminário a respeito das questões que as crianças escolheram para perguntar aos familiares. O que me deixou muito curiosa foi o fato de quase todos falarem a respeito do mesmo assunto, quando foram formular seus questionário. A pergunta que circulou entre quase todos era se os pais gostariam de fazer parte de outra família, ou se eles se arrependeram de terem tido filhos.
Claro que não perdi tempo e com muita sutileza comecei a indagar o porquê de sua curiosidade em saber isso, aliada às respostas dos pais. A maioria disse que os pais não se arrependeram de nada, mas sempre tendo alguns poréns, como por exemplo, alguns pais disseram que não se arrependiam de nada, mas se fosse voltar no tempo, não teriam filhos. Coisas assim. Depois de termos falado a respeito das perguntas e das respostas, solicitei que falassem a respeito da experiência de terem elaborado perguntas para fazerem a pessoas que geralmente conversam com bastante intimidade, e os motivos de terem escolhido tais perguntas. As respostas foram as mais variadas, desde aquelas que diziam que já sabiam a resposta, até àquelas que não esperavam aquela resposta, embora tenham entendido e aceitado "numa boa". Senti, ao finalizar as conversas, que alguns tinham grandes ressentimentos, muitas frustrações e ainda muitas dúvidas sobre sua família, ou se a sua era realmente uma família. Então fiz a proposta de vermos o filme " A família do futuro", que retrata um pouco de futurismo, mas recheado de situações que acontecem em todas as famílias.

A proposta no dia seguinte, foi a de que imaginassem como seria a família ideal e colocassem esta família no papel, tanto com imagens quanto com palavras. Todos resolveram primeiro fazer desenhos, ficaram um bom tempo desenhando. Coloquei uma música básica de fundo para que refletissem, relaxassem mais. Depois, cada um escreveria o que quisesse, uma frase, ou um texto ou até mesmo um acróstico da família. Ficou muito bom, prometi que faria uma exposição das gravuras na próxima semana.


A importância da família para a formação de cidadãos conscientes.

A família deve ser a principal responsável pela formação da consciência cidadã do jovem e também apoio importante no processo de adaptação das crianças para a vida em sociedade. Uma boa educação dentro de casa garante uma base mais sólida e segura no contato com as adversidades culturais e sociais, características do período de amadurecimento. A ausência familiar gera graves consequências na formação, alimentando valores egocêntricos, que levam os mais jovens ao mundo do vício e das futilidades.

No entanto, desde o início do processo de industrialização, a sociedade passa por transformações que resultam em uma postura cada vez mais individualista por parte da maioria da população jovem. O ingresso da mulher no mercado de trabalho diminuiu o tempo disponível para a dedicação aos filhos daquela que, antes, só se dedicava quase que exclusivamente à formação das crianças.
O educador Antônio Carlos Gomes da Costa, um dos idealizadores do Estatuto da Criança e do Adolescente, declara que a partir do momento em que as crianças ficam soltas na comunidade e entregues às diversões eletrônicas, há uma perda de referência em relação aos valores considerados importantes para o desenvolvimento de uma base sólida. Porém, segundo ele, não basta apenas estar presente, é preciso saber educar de forma correta. “O problema, a meu ver, não é o tempo que os pais passam com os filhos. O desafio está na qualidade dessa convivência, que deve ser marcada por um forte componente de presença educativa”, diz Costa.
O educador ainda afirma que, no Brasil, a ausência dos pais na formação dos filhos é algo recorrente. “Existem muitos educadores familiares que não são pais biológicos das crianças sob sua responsabilidade”, revela.
O pouco contato com os pais durante o dia-a-dia faz com que a responsabilidade do ensino básico da criança fique delegada à escola. Se, antes, a escola desempenhava a ação de educadora profissional, hoje, muitas vezes, desenvolve tambémo papel de primeira formadora da consciência cidadã dos jovens.
Quando a família não dispõe de tempo ou condições para dar a base afetiva e educadora à criança, além de iniciar a vida escolar de forma bastante fragilizada, ela pode desenvolver carências que vão além do âmbito escolar. A psicopedagoga Clélia Estil, diretora da Associação Nacional de Dislexia (AND), afirma que a falta de base familiar traz diversos efeitos negativos para a formação dos filhos. “Crianças sem base afetiva estável carregam consigo medos e incertezas sobre suas possibilidades de aprender, que se manifestam como vínculos negativos com a aprendizagem”.
A escola é considerada a extensão da família e, trabalhando juntas, as duas instituições desempenham o papel de educadores. Muitas vezes, não é simplesmente a educação apenas que leva a criança a ter solidez e confiança naquilo que faz. Amor e atenção também são importantes. A especialista em psicopedagogia Sônia Küster considera a escola um espaço onde a criança pode ampliar suas relações sociais e diz que as atividades que envolvem a participação dos pais lá desenvolvidas geralmente têm boa repercussão no contexto educacional.
A omissão familiar faz parte da realidade mundial e, de acordo com Sônia, essa carência pode ser suprida com um bom clima relacional que depende muito mais da qualidade das relações do que do tempo que os pais e os filhos passam juntos. “Podemos nos fazer presentes por meio de telefonemas no meio da tarde, de bilhetes deixados em lugares estratégicos e de tarefas colaborativas para a dinâmica familiar”.

Ao realizar minhas pesquisas a respeito de família, encontrei essa reportagem no site
www.metodista.br , Espaço Cidadania - Universidade Metodista de São Paulo -, e não tive como retirar algumas partes dela, pois tudo o que gostaria de relatar e concluir estava ali escrito. Essa é a minha opinião e concordo com tudo o que foi citado acima. Ainda mais, contemplo todos os dias essas sitações, onde cada criança traz consigo sua bagagem por muitas vezes pesada demais, como uma aluna minha, que sua mãe a largou de mão beijada para sua tia, sem querer recebê-la de volta, e que hoje, aos 11 anos de idade, sofre de dores abdominais horríveis (dentro de sua imaginação), explicitando da maneira mais simples sua necessidade de atenção e carinho, coisas que não são supridas bens materiais, ou com uma morada, mas que são extremamente necessárias a todas as crianças.

Percebi que meus alunos, embora sintam-se por vezes solitários, sentem-se como parte de uma instituição, que é a família, pois em todas as suas falas, eles demonstraram isso. E isso me deixou muito feliz, mais feliz ainda quando recebi o seguinte comentário: "Pro, eu consegui falara com meu pai, que está sempre ocupadíssimo. Mas quando ele viu que o assunto era muito sério, prontamente largou tudo o que estava fazendo e me auxiliou, respondendo ao questionário. Fez ainda mais, conversou comigo a respeito das perguntas, perguntando qual era a minha opinião sobre o assunto. Fiquei super feliz."
Era isso que eu queria. E consegui



segunda-feira, 3 de maio de 2010

Terceira semana..

Já passou mais uma semana e são muitas as emoções. Embora seja professora ha bastante tempo, cada dia se transforma em um dia especial ou um dia de dar frio na barriga.
Essa semana estava totalmente programada para trabalharmos com o Google Earth. Então fomos ao vídeo, cujo espaço se tornou mais adequado a todos, porque pdei que colocassem ali internet e assim, com o data show, pudéssemos utilizar amplamente o espaço. A ideia foi muito bem aceita, até foram feitas muitas mudanças por causa de minhas invenções. Então fomos lá no vídeo. A coisa tava feia pro meu lado, porque chegando lá, a internet não funcionava, e as crianças doidas para saberem o que eu queria tanto mostrar a eles. Descobrimos o defeito, depois de ter mobilizado toda a minha família para trazer para a escola o meu modem e meu transformador, que era o que tinha estragado (mas por via das dúvidas meu marido trouxe tudo). Finalmente tudo funcionou normalmente. Enquanto baixava o programa do Google, ia mostrando a eles a nossa página an internet: http://turma42setembrina2010.pbworks.com/ . Eu tinha feito uma página para cada um, e alguns ainda não tinham me autorizado a colocar fotos, então somente criei a página e pronto. Mas fizemos um tour bem rápido por lá. Eles ficaram apaixonados com o que viram. E eu fiquei satisfeita em ter proporcionado a eles esse momento tão bom. É claro que ainda não temos quase nada lá, mas estou esperando passar mais algum tempo para me dedicar mais a isso.

Por fim, exploramos o Google Earth. Mostrei a princípio o planeta Terra, depois os continentes, os oceanos e por fim, o nosso país. Chegamos no nosso estado e finalizamos com a nossa cidade, Viamão. Quando aportamos por lá, localizei a nossa escola, os arredores, alguns locais conhecidos por todos e por fim, passei a ser "motorista de táxi", porque tive que fazer corrida para a casa de todos. Cada um queria ver onde era sua casa, onde era a casa da tia, da vizinha, da avó, etc. Essa atividade rendeu bastante. Acabando com a curiosidade das crianças, fiz a minha proposta de atividade: mostrei o caminho de minha casa até a escola e disse que eles deveriam fazer o mesmo, mas não no Google, e sim, no papel desenhando seu mapa. Essa atividade foi feita em sala de aula, depois de ter conseguido me desvencilhar do computador.

A princípio eles acharam a proposta MUITO difícil, mas com uma ajuda qui, um empurrãozinho ali, e com a régua, fizeram os mapas. Essa atividade levou um bom tempo, devido ao seu grau de dificuldade (que eles encontraram). Após essa etapa, determinei a eles que deveriam fazer novamente o trajeto de casa até a escola, mas agora por escrito, com riqueza de detalhes.
Dois aspectos a serem observado nessa atividade:
1º Como eles tem dificuldade em descrever através de desenhos localizações, como foi com o mapa desenhado.


2º Como foi tão mais fácil descrever por escrito sua localização, inclusive com riqueza de detalhes. Suas coordenadas geográficas estavam mesmo prcisando de reestruturação.

Deveríamos finalizar nossa semana com uma maquete do nosso bairro, mas devido a mudanças no cronograma da escola, fomos visitar em primeira mão a 4ª Festa do Arroz com Leite, aqui em Viamão, cidade que vive destas duas fontes de renda. A atividade ficou reservada para a semana que vem, sem falta.

Então segue abaixo algumas fotos da exposição.